França reconhece o Estado Palestino: 'pela paz' entre israelenses e palestinos, diz Macron
Emmanuel Macron em seu discurso na Assembleia Geral da ONU em 22 de setembro de 2025. Reuters/ Eduardo Munoz O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou ...

Emmanuel Macron em seu discurso na Assembleia Geral da ONU em 22 de setembro de 2025. Reuters/ Eduardo Munoz O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta segunda-feira (22) o reconhecimento do Estado palestino. Em discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, ele disse que a decisão busca a paz entre israelenses e palestinos. “Recai sobre nós uma responsabilidade histórica. Devemos fazer todo o possível para preservar a própria possibilidade de uma solução de dois Estados, Israel e Palestina, vivendo lado a lado em paz e segurança”, afirmou Macron. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A França abriga as maiores comunidades judaica e muçulmana da Europa. Com a decisão, o país deve impulsionar um movimento que, até agora, era liderado por nações menores e mais críticas a Israel. Macron já havia revelado em julho que iria anunciar a medida na Assembleia. Na época, o anúncio do presidente francês foi condenado por autoridades israelenses. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alegou em um comunicado que a decisão da França "recompensa o terror e corre o risco de criar mais um representante do Irã". Atualmente, mais de 140 países reconhecem o Estado Palestino, entre eles o Brasil. Outro movimento mais recente de reconhecimento foi feito por Reino Unido, Canadá e Austrália no último domingo (21). Os reconhecimentos têm sido vistos como um sinal político contra a expansão de assentamentos e a presença militar israelense em Gaza. França e Arábia Saudita lideram uma ação diplomática para influenciar outros países a favor da Palestina. Lista em alta Após reconhecimento do Reino Unido, Palestina inaugura embaixada em Londres Além dos três países anglo-saxônicos, o governo de Portugal também oficializou seu reconhecimento do Estado palestino no domingo (21). Outros países europeus, como França e Bélgica, expressaram a intenção de oficializar o reconhecimento. Com isso, a quantidade de países europeus que evitavam oficializar a medida diminuiu. Antes de uma série de formalizações entre 2024 e 2025, a maior parte dos reconhecimentos era limitada a antigos países comunistas, assim como Suécia, Islândia e Chipre. Em 2024, Espanha, Irlanda, Noruega e Eslovênia romperam uma paralisia europeia de uma década e se juntaram à lista de países que reconhecem o Estado palestino. A Assembleia Geral da ONU aprovou o reconhecimento de fato do Estado da Palestina em novembro de 2012, elevando o seu estatuto de observador no organismo mundial para "Estado não membro". Nas Américas, só um punhado de países ainda não reconhece o Estado palestino, incluindo os EUA e o Panamá. Na Europa, entre os países que ainda evitam a medida, estão a Alemanha, Itália, a Áustria e as nações do Báltico. Ao todo, cerca de 80% dos 193 países-membros da ONU reconhecem oficialmente um Estado palestino. A lista aumentou com a adição de mais de uma dúzia de países desde 2024, num momento em que Israel trava uma guerra na Faixa de Gaza e vem intensificando a expansão de colônias na Cisjordânia, os dois territórios habitados por palestinos. * Com informações da Deutsche Welle Reino Unido, Canadá, Austrália e Portugal reconhecem o Estado da Palestina